quarta-feira, 9 de abril de 2014

Dor e sofrimento não são a mesma coisa..





A dor não é sofrimento. É apenas dor.
Se cortar um dedo sente-o pulsar. Fica doente e dói-lhe o corpo. Há circunstâncias naturais e inevitáveis na vida. Não há motivo para as recear, basta que as olhemos pelo que realmente são. Compreenda que dor é apenas dor. Não significa que a sinta para sempre, que seja punido ou que toda a sua vida esteja a desmoronar-se. A dor constitui apenas uma experiência e, se não lhe resistir, desaparecerá naturalmente, deixando espaço para o que se segue. 
As experiências vêm e vão como nuvens no céu. Quando não lhes opomos resistência nem nos agarramos a elas, acabam por desaparecer de forma natural.
Mas é tão tentador transformar dor em sofrimento!
Transformamos dor em sofrimento quando nos fixamos obsessivamente nela, fazendo dela algo terrível: culpamos os outros, falamos dela a toda a gente, usamo-la para obter solidariedade e atenção. Sentimos que estamos a sofrer uma injustiça, que somos vitimas ou mártires. 
O sofrimento oferece certas gratificações a algumas pessoas, fornece-lhes uma identidade, constitui uma forma de interagirem com o mundo. Pode também oferecer-lhes uma justificação para expressarem a sua raiva ou exercerem vingança.
Quando a dor se transforma em sofrimento, pode facilmente tornar-se letal. Uma vida assente no sofrimento alicerça-se no medo. A pessoa tem medo de ser feliz, de ter sucesso, de ser amada. Receia lidar com os problemas. 

REFLICTA: Como é que transforma a sua dor em sofrimento? Que lhe causa agora o maior sofrimento da sua vida? A sua dor traz-lhe algum beneficio? Que retira daí? Que sucederia se a dor desaparecesse?

Brenda Shoshanna

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