quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Acerca do Perdão....




Aquele que perdoa cura-se...
O perdão profundo brota ao compreender que "não tenho nada que julgar, por isso, não tenho nada que perdoar." Cessa o juízo, cada um faz o que sabe e o que pode; toda a gente tem as suas crenças, todos nos desenvolvemos ao nosso próprio ritmo. 
O perdão surge quando compreendo que não há nada nem ninguém a quem perdoar. No final, o que fica é o perdão a si mesmo. O mundo é só um espelho. O mundo mostra-nos a culpa que sentimos de nós mesmos.
A culpa é o ódio a si mesmo, o rejeitar o que somos, e esta é a emoção mais oxidativa que existe, a que mais deteriora o nosso campo electromagnético. É a maior arrogância do ego, a maior expressão de separação, o ego amarra-nos desde a culpa...
Desde uma perspectiva externa, parece que a culpa é algo que os outros nos projectam para nos poderem controlar, mas na realidade nada nos pode fazer sentir culpados... elegemos e adoptamos essa culpa como um recurso interno para mantermos a "zona de conforto", afectiva, psicológica e cultural; assumimos essa culpa como um recurso de adaptação e sobrevivência.

Muitas vezes, culpamos os outros acerca do que nos acontece, porque não somos capazes de gerir a nossa própria dor, o nosso próprio medo, a nossa própria incompreensão; o nosso sistema não está preparado para assumir o que vive e fazer-se responsável...
Quando descobrimos que a culpa está em nós, quando podemos assumi-lo e enfrentá-lo, então, abre-se o caminho da transformação. Se descubro a culpa em mim, posso perguntar-me: "É necessária neste momento na minha evolução?" 
Se para ti já não é necessária, então reconhece, agradece e solta...
A cura começa pelo perdão a si mesmo e isto é o mesmo que soltar a culpa. 

Antonio Consuegra Sebastián 

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