Vivemos numa cultura que, compreende mal a emoção e não dá valor real ao plano do sentimento. De facto, muitos são ensinados, subtil ou abertamente, a ter medo das emoções - que os sentimentos são imprevisíveis, irracionais, perigosos e que deveríamos tentar mantê-los firmemente sob controlo. Aprendemos em maior ou menor grau, a esconder e negar os sentimentos - até mesmo de nós próprios. Aprendemos a enterrar profundamente a maior parte dos nossos sentimentos e mostrar ao mundo apenas o que parece seguro.
Na infância, podemos ter recebido muitas mensagens, como "Não há razão para te sentires assim," ou "Não te entusiasmes assim" ou o clássico "Os rapazes crescidos (ou raparigas) não choram."
Os sentimentos são uma parte profunda e importante das nossas vidas e precisam de ser respeitados e honrados. Nenhuma das nossas emoções é intrinsecamente má ou negativa. Chamamos as coisas de negativas, porque não as compreendemos e, portanto, tememo-las.
As emoções são um aspecto significativo da nossa experiência humana e todas elas existem por uma razão. Antes de as evitar ou rejeitar, temos de descobrir o dom que cada uma nos traz. Elas são mensagens para nós, permitindo-nos saber algo a que temos prestar atenção.
As nossas emoções são aquilo que sentimos à medida que a força da vida se movimenta através de nós. Quando não experimentamos totalmente os nossos sentimentos e não lhes permitimos que se movimentem através de nós de forma natural, a energia da vida nesses sentimentos fica alojada nos nossos corpos. Isso causa muitos problemas em todos os níveis - emocional, mental, espiritual e físico.
Aceitar as nossas emoções permite-nos senti-las. Aprender a comunicá-las de forma construtiva e apropriada permite-lhes movimentarem-se através de nós de maneira fácil e natural. Isso facilita a livre circulação plena da força da vida através dos nossos corpos físicos, proporcionando a cura emocional e física.
Shakti Gawain
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