quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A SOMBRA





A Sombra é a parte de nós de que sentimos vergonha, que não queremos que as pessoas conheçam. É aquela parte de nós que escondemos no armário. A sombra é escura, é secreta, é primitiva, está coberta de mitologia. E se ignorarmos a sombra, esta tende a dizer: Bem, vou envergonhar-te. Quero que repares em mim. 
Quando exibe qualidades positivas e negativas, não possui defeitos: é completo. Quando está confortável com a sua sombra, quando a aceita, porque foi assim que o Universo o fez, então torna-se atraente e a sua vida é uma aventura. É natural quando está confortável com a sua ambiguidade e nada é mais bonito do que ser natural. Não procura constantemente a aprovação ao perder-se na cadeia de pensamentos: O que será que os outros pensam de mim? Sou superior ou inferior? Será que as pessoas gostam de mim? Não procure um ideal que não existe. 
A auto-aceitação, a auto-aceitação completa, significa o autoperdão. Quando se perdoar e deixar de se julgar, não julgará também os outros. 
Todas as relações são um espelho do Eu. As pessoas por quem se sente profundamente atraído, ou por quem sente repulsa, são todas espelho de si. É atraído pelas pessoas que possuem traços que já possui, mas que deseja mais, e sente aversão por aquelas em que encontra traços que nega em si mesmo. 

Identifique as qualidades que o atraem nos outros e as qualidades que o afastam. Anote-as num papel. Essas qualidades fazem todas parte de si, de quem você é. 

Se aceitar-se tal como é e se amar-se tal como é, tornar-se-á uma pessoa muito atraente, porque é natural. Porque motivo não se tornaria irresistível? 
Aceite a sua sombra, compreenda  a sua sombra, perdoe a sua sombra. Aceite o facto de que é os muitos rostos do divino. É o seu destino representar um número infinito de papéis, mas você não é os papéis que representa.
Você é a testemunha silenciosa  que desempenha estes papéis.


Deepak Chopra

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