quinta-feira, 27 de junho de 2013

Transformar o Medo em 4 questões





1- "Quais são os meus cinco maiores medos?"
Identifique o que o assusta. Esclareça as situações com que está a lidar.
Limite-se aos cinco maiores medos para evitar que o processo seja demasiado sobrecarregado.
Reconheça os seus medos e não tenha vergonha é um acto libertador.
Avalie também a intensidade das suas reacções a cada um dos medos para compreender até que ponto afectam o seu equilíbrio (o que despertar maior reacção classifica-se em primeiro lugar e o que despertar a menor reacção classifica-se em quinto).


2- "Qual a origem destes medos?"
Os medos não surgem do nada.
Passe a sua vida em retrospectiva para detectar os seus estímulos iniciais.
Talvez o facto de em criança ter visto a sua mãe debilitada por uma doença cardíaca tenha motivado o seu medo da doença; ou a traição do seu primeiro amor o tenha impedido de confiar em pleno nas pessoas com quem posteriormente teve relacionamentos amorosos.
Conhecer as origens destes medos permite ter uma nova perspectiva sobres as suas reacções actuais. Analise a informação para ver de que modo um trauma anterior por resolver pode ter uma influência negativa sobre os seus relacionamentos actuais.

3- "Que pessoas ou situações desencadeiam os meus medos?"
Saiba o que desperta os seus medos para que não seja levado a ter sempre as mesmas reacções negativas.
Se tem medo de adoecer, será que este medo se manifesta quando visita um membro da família que está doente? Se receia a solidão, será que este medo é desencadeado pela tagarelice de uma amiga sobre um homem que ela acabou de conhecer?
Identificar estes factores permite-lhe reagir sem ser movido pelo medo.


4- "Em que aspectos posso mudar para ser mais livre?"
Está é a oportunidade para agir de modo diferente.
Enfrente o seu medo: "Obrigada por teres partilhado isto comigo".
Depois contextualize-o a partir de uma perspectiva compassiva:
- admita sem problemas: "Já me magoaram. Já vi coisas que me assustaram."....
  Desabafe com um amigo ou com um terapeuta.
- ganhe coragem para substituir o medo por uma alternativa positiva. Afirme por exemplo: "Apesar    de associar a doença à memória da minha mãe, posso ser carinhoso com um amigo doente." Ou "Quando envelhecer alguém vai cuidar de mim. Não serei abandonado".
Assim, contraria os efeitos do medo com uma verdade positiva e permite-lhe alterar a percepção que tem de si e dos outros.
- descomprima ao definir limites. Seja gentil consigo.
Se receia a doença pode limitar o tempo que se demora a visitar um familiar doente, ou confesse a uma boa amiga o seu medo de estar sozinho para que ela, modere o seu entusiasmo sobre o namorado novo.
Estes gestos podem fazer com que se sinta mais confortável à medida que vai curando os seus medos.



Quando a origem dos nossos medos permanece inconsciente, tornamo-nos marionetas cujos fios são puxados por esta emoção. O resultado disso é o sofrimento físico, emocional e espiritual.
O medo nunca "vencerá" se permanecer consciente e se for capaz de se erguer sempre que cair...


Judith Orloff

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