quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Do que não se gosta?




Madre Teresa disse que o amor é o ponto fulcral da nossa existência. Ela escreveu: "Nós fomos criados com este propósito: amar e sermos amados."
Se não está a experimentar o amor na sua vida, é porque tem de algum modo, medo. Precisa de observar os seus medos com honestidade e com amor. 
O seu ego promove firmemente o medo, porque ele receia o amor autêntico. Este eu falso ajuda-o a convencer-se de que você está, de alguma forma incompleto. Esta é a raiz de todo o medo.
Receoso de ter o seu vazio, a sua imperfeição exposta, gasta uma grande dose de energia a criar uma imagem de falsa felicidade. Mas se parar, e fizer uma avaliação realista, pode sentir que a sensação de estar incompleto é um apelo de uma parte renegada de si mesmo.

De que é que não gosta na inteligência universal que flui através de si? Saudar o ser espiritual que você é, ter uma experiência humana e sentir o amor que existe- de que não gosta no meio disto tudo? 
O medo de expor o vazio faz com que continue a procurar relacionamentos que o ego lhe diz que vão satisfazer o desejo que há dentro de si. O que acontece é que entra numa relação faminta de amor, que é o seu eu mais elevado. A sua fome interior está disfarçada, fingindo ser outra coisa. Não admira que tantas pessoas pensam, repetidamente, que encontraram o amor e que declarem, repetidamente, que o perderam. 
É muito diferente quando você consegue reparar no vazio interior e pensar: "De que não gosto? Este desejo faz parte de ser humano e de conhecer o amor." Imagine simplesmente como é que o nosso sistema poderia ser se as pessoas percebessem que já estão completas. 
O que precisaria de adquirir? O que é que teria de possuir? Quem precisaria de impressionar? Quem precisaria de ter a seu lado? As respostas podem dar-lhe uma ideia do quanto nós confiamos no medo de estarmos incompletos e de não sermos aceites, assim como do quanto nós estamos inconscientes da nossa ligação divina. 
O medo que substitui o amor é simplesmente o medo de não sermos aceites. Se você se ama a si mesmo, será capaz de transformar os seus medos com amor, em vez de os deixar conduzir a sua vida.

Se tiver uma sensação interior de estar completo e pleno, conhecendo a presença cheia de amor que aí mora, então o medo torna-se um convite amável para aprender mais ou para mudar alguma coisa na sua vida. O medo já não o vai ameaçar como antes, quando ainda não conhecia o seu eu mais elevado. 

Quando conhece intimamente o seu eu mais elevado, passa a ter uma profunda sensação de amor. O medo, tal como o conhecia, torna-se impossível. Com isto em mente, a resposta à pergunta "Então do que é que não se gosta?" é que não há absolutamente nada que não se goste. Não há nada a recear quando sabe que é divino e completo e que não tem nada para o provar.

Wayne W. Dyer

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