quarta-feira, 26 de setembro de 2012

VIVER COM AUTENTICIDADE




As mentiras mais devastadoras para a nossa auto-estima não são tanto as que contamos, mas as que vivemos. 
Vivemos uma mentira quando distorcermos a realidade da nossa experiência ou a verdade do nosso ser. 

Estou a viver uma mentira quando finjo um amor que não sinto, quando finjo uma indiferença que não sinto, quando me mostro mais do que sou, quando me mostro menos do que sou, quando digo que estou zangado, mas na verdade estou com medo, quando finjo um conhecimento que não possuo, quando rio mas quero chorar, quando finjo ter crenças sobre as quais não tenho convicção, só para ser aceite, quando finjo modéstia, quando finjo arrogância...

Quando tentamos viver de forma inautêntica, somos sempre a primeira vitima, pois a fraude, em ultima instância dirige-se a nós próprios. 

A maioria de nós, quase desde o nascimento, foi encorajada a ficar confusa em relação ao que é viver com autenticidade. 
Aprendemos desde muito cedo a negar o que sentimos, a usar uma máscara e, a perder a ligação com muitos aspectos do nosso Eu Interior. Tornamo-nos inconscientes de grande parte do nosso Eu Interior, em nome do ajustamento ao mundo que nos rodeia. 
Os mais velhos encorajaram-nos a rejeitar o medo, a raiva e a dor, porque esses sentimentos não os deixam à vontade, também não sabem como geri-los. Muitos de nós também fomos encorajados a esconder (e eventualmente anular) as emoções. A emoção perturba a rotina.

Pais emocionalmente distantes e inibidos tendem a criar filhos emocionalmente distantes e inibidos, não só através da comunicação, como também através do próprio comportamento, que mostra à criança o que é adequado, apropriado e socialmente aceitável.

Os relacionamentos de pessoas com elevada auto-estima, caracterizam-se por uma dose de benevolência, respeito e dignidade mutuamente respeitada superior à média. Homens e mulheres voltados ao crescimento  tendem a apoiar as aspirações de crescimento dos outros. As pessoas que sentem prazer com as suas próprias emoções sentem prazer com as emoções dos outros. As pessoas que falam sinceramente apreciam a sinceridade daqueles com quem falam.

Quando somos autênticos, não honramos só a nós mesmos, oferecemos também um presente às pessoas com quem nos relacionamos.


Nathaniel Branden



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