sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Aprender a limpar a nossa vida....

 
 
 
 
 
Costuma dizer-se que a flor de lótus que é belissima, cresce no lodo. Tanto o lodo como a flor de lótus são necessárias.
O lodo, a sujidade e o lixo das nossas vidas (e das vidas dos outros) não são algo que deva ser rejeitado, que deva ser considerado mau ou censurável. Quando limpamos, aprendemos a enfiar as nossas mãos no lodo, sabendo que ele é necessário, para que a flor da nossa vida possa crescer. As dificuldades que enfrentámos, os nossos erros e tristezas, são apenas fertilizantes. Em vez de nos considerarmos, e aos nossos erros, estúpidos e pecadores, transformamos o nosso sofrimento num excelente adubo.
Não há ninguém que possa vir limpar o lixo que produzimos na nossa vida e nos nossos relacionamentos. Temos que estar dispostos a ir lá, sem detestar a sujidade, sem nos culpabilizarmos ou a outrem, e limpar, pura e simplesmente.
 
Quando limpamos o nosso ambiente exterior, são muitos os pensamentos que afloram à nossa mente. Não é necessário que combatamos cada memória que vai surgindo. Simplesmente esvaziamos, deixamo-la sair e permitimos que se vá embora. Antes que nos apercebamos disso, já ela se transformou em fertilizante para um novo crescimento.
Quando nos focamos constantemente no que precisa de ser feito- e o fazemos- sobra-nos menos tempo para nos determos nas diversas formas em que temos agido incorretamente. Em vez de nos concentrarmos no passado, concentramo-nos naquilo que a vida nos está a pedir no agora.
Esta prática de estar presente e a limpar e remover o que está a mais, cria espaço para o novo e permite que a flor das nossas vidas desabroche.
 
Brenda Shoshama

Sem comentários:

Enviar um comentário