quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

As ervas daninhas da mente








As ervas daninhas da mente são os laços e os nós que crescem na nossa mente.
São os medos, negatividades e falsas imaginações que podem sair fora de controlo se não forem irradicados. Estes são os pensamentos que nos enleiam, que tornam tudo obscuramente nubloso, que sabotam o que estivermos a fazer. As ervas daninhas da mente irão estrangular o crescimento na nossa vida a menos que saibamos como arrancá-las rapidamente.

De forma como estamos a viver agora, o que acontece é que a nossa mente racional se apoderou de muitas funções que são melhor desempenhadas por outras partes do nosso ser. Ao tomarmos atenção somente à nossa mente racional, colocámos a nossa confiança apenas numa fracção daquilo que somos e do que está  verdadeiramente disponível para nós. Apesar de a mente racional ser útil em muitos aspectos, ela não consegue parar de criar todo o tipo de desordem.
Quando estamos envolvidos no processo de erradicar as ervas daninhas, não prestamos atenção à sua proveniência. Não as analisamos nem discursamos sobre elas. Reconhecemos simplesmente uma erva daninha como sendo uma erva daninha e extraímo-la.
Nós  agarramo-nos a memórias ou a emoções dolorosas, achando que se não nos libertarmos delas ou não as esquecermos teremos aprendido algo com elas, e a tal situação temível, que tanto receamos, não ocorrerá. No entanto, e estranhamente é o contrário que muitas vezes acontece. Quanto mais viva é a nossa recordação de uma coisa, quanto mais nos detemos nela, lutamos contra ela ou tentamos criar-lhe resistência, tanto mais a estamos a atrair para a nossa vida.
Aquilo a que damos atenção, expande-se. Aquilo a que damos atenção torna-se parte de nós.
Porquê prestar atenção ao que de negativo acontece na nossa vida? Porque não irradicá-lo pura e simplesmente? Como costumamos manter a memória daquilo que nos prejudicou em primeiro plano na nossa mente, estamos com isso a criar obstáculos que impedem a limpeza e a resolução naturais que a vida se encarrega de fazer por si própria.
Quando "deixamos ir" estas ervas daninhas, as memórias e os incindentes dolorosos, não estamos a deitar fora avisos ou qualquer forma de sabedoria. Estamos somente a permitir que a mente original solte uma situação qua causa sofrimento.
No nosso intimo mais profundo, nós sabemos como lidar com todas estas coisas. No nosso interior, a verdadeira sabedoria é capaz de pegar nesta memória tirar-lhe  a sua toxicidade e  reter somente aquilo que pode ser benéfico para nós.
Do mesmo modo que lavamos todos os dias as nossas mãos, rosto, dentes e cabelo, também devemos limpar e arrancar as nossa ervas daninhas da mente. A nossa mente original sabe então como utilizar o que nos aconteceu para fertilizar um crescimento novo e saudável.

Brenda Shoshama

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