quinta-feira, 8 de novembro de 2012

DESAPEGO E O AMOR INCONDICIONAL...





Aquele que consegue desapegar-se dos condicionalismos habituais não sente mais o desejo de possuir bens exteriores a ele mesmo. Sente-se livre de manifestar e expressar os valores não monetários susceptíveis de expandir consciência.
O apego é a via do ego o desapego a via da alma.  Desapegar-se não é tarefa fácil. Para o conseguir é preciso um treino a todos os instantes da nossa vida.
Seja qual for a qualidade que nos compete desenvolver para crescer em amor e sabedoria, encontramo-nos confrontados com a necessidade de nos mantermos num estado de observação constante. Uma atitude de vida centrada numa introspecção permanente de si mesmo.

Embora possa parecer paradoxal, o autêntico sentimento de amor é a chave do desapego. Geralmente percebido como uma fonte de apego, o amor é de facto o catalisador da emancipação. Sem a presença desta verdadeira fonte de energia de luz, nenhuma verdadeira libertação pode acontecer. Este amor não se parece em nada com o amor sentimental tão abordado na cultura ocidental.
Só um amor incondicional é que é capaz de levar o Ser a um nível elevado de se superar a ele mesmo. Esta qualidade de amor favorece um crescimento de todas a percepções e traz ao que a fez crescer nele, uma extrema sensibilidade que lhe permite entrar num mundo de ressonâncias subtis que percebia antes de maneira puramente sensitiva ou intelectual. O amor incondicional abre-nos à compreensão dos nossos semelhantes. Não nos sentimos mais separados deles, porque o nosso campo energético une-se ao deles. Já assim era anteriormente, mas não tínhamos consciência disso. 


Alain Brêthes

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